domingo, 10 de agosto de 2025

EXCLUSÃO FAMILIAR

 

No âmago da vida, onde o amor deveria estar, 

Há histórias silenciadas, cicatrizes a sangrar. 

É o poema da exclusão familiar que agora vou contar, 

Onde corações partidos lutam para se curar.

 

Em lares que deveriam ser portos de afeto e acolhimento, 

O fogo da exclusão queima, alimentando o sofrimento. 

Palavras afiadas como facas cortam profundo, 

Separando laços que deveriam ser eternos, fecundos.

 

Há o filho que busca amor em braços ausentes,

 Uma mãe que rejeita, um pai indiferente. 

Os abraços escassos e os sorrisos raros, 

Criam feridas invisíveis, mas tão amargos.

 

As memórias de momentos felizes, desbotadas pelo tempo, 

Deixam marcas indeléveis, dores que nunca se extinguem. 

Pois a exclusão familiar é uma ferida que não sara, 

Uma ausência que consome, uma tristeza que ampara.

 

E nos encontros solitários à mesa, vazios de calor, 

A família quebrada sente o peso dessa dor. 

A voz que não é ouvida, o olhar que não é notado, 

A exclusão familiar constrói um muro isolado.

 

Mas nessa trama de desencontros e desilusões, 

Há a força do amor, mesmo nas contradições. 

Pois a família não é apenas o sangue que corre nas veias, 

É o afeto verdadeiro, mesmo em meio às pelejas.

 

Que a compreensão venha com palavras sinceras, 

Que a empatia cure as feridas, por mais severas. 

Pois somente na união, no abraço que se expande, 

Podemos superar a exclusão, quebrar correntes.

 

Que os laços se renovem, a aceitação floresça, 

Que a família se reencontre, em sua plenitude, não menos. 

Pois o verdadeiro amor não exclui, ele une,

 E na cura das feridas, encontramos o perdão, a lume.

 

Que cada coração ferido encontre sua redenção, 

E que a exclusão familiar seja apenas uma ilusão.

 Pois somos todos parte de um tecido divino,

 E a verdadeira família é aquela que acolhe e caminha junto, no destino.


Sofrido das Chagas 

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