No âmago da vida, onde o amor deveria estar,
Há histórias silenciadas, cicatrizes a sangrar.
É o poema da exclusão familiar que agora vou contar,
Onde corações partidos lutam para se curar.
Em lares que deveriam ser portos de afeto e acolhimento,
O fogo da exclusão queima, alimentando o sofrimento.
Palavras afiadas como facas cortam profundo,
Separando laços que deveriam ser eternos, fecundos.
Há o filho que busca amor em braços ausentes,
Uma mãe que rejeita, um pai indiferente.
Os abraços escassos e os sorrisos raros,
Criam feridas invisíveis, mas tão amargos.
As memórias de momentos felizes, desbotadas pelo tempo,
Deixam marcas indeléveis, dores que nunca se extinguem.
Pois a exclusão familiar é uma ferida que não sara,
Uma ausência que consome, uma tristeza que ampara.
E nos encontros solitários à mesa, vazios de calor,
A família quebrada sente o peso dessa dor.
A voz que não é ouvida, o olhar que não é notado,
A exclusão familiar constrói um muro isolado.
Mas nessa trama de desencontros e desilusões,
Há a força do amor, mesmo nas contradições.
Pois a família não é apenas o sangue que corre nas veias,
É o afeto verdadeiro, mesmo em meio às pelejas.
Que a compreensão venha com palavras sinceras,
Que a empatia cure as feridas, por mais severas.
Pois somente na união, no abraço que se expande,
Podemos superar a exclusão, quebrar correntes.
Que os laços se renovem, a aceitação floresça,
Que a família se reencontre, em sua plenitude, não menos.
Pois o verdadeiro amor não exclui, ele une,
E na cura das feridas, encontramos o perdão, a lume.
Que cada coração ferido encontre sua redenção,
E que a exclusão familiar seja apenas uma ilusão.
Pois somos todos parte de um tecido divino,
E a verdadeira família é aquela que acolhe e caminha junto, no destino.
Sofrido das Chagas
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