quinta-feira, 7 de agosto de 2025

INÉRCIA DA INSÓNIA

 

Na inércia da insónia, a noite se prolonga, 

Enquanto meus olhos se perdem nas sombras, 

O silêncio envolve cada pensamento, 

E a mente mergulha em um mar de inquietude.

 

Os minutos se arrastam em passos lentos, 

Enquanto o relógio sussurra sua canção, 

Insónia, cruel companheira da escuridão, 

Me envolve em seus braços de agonia e solidão.

 

As estrelas testemunham minha vigília, 

Enquanto a lua ilumina meu quarto vazio, 

As horas se acumulam, implacáveis, 

Enquanto a insónia tece seu teatro sombrio.

 

Os pensamentos vagueiam, sem destino, 

Como espectros que assombram a minha mente, 

Os suspiros se misturam com a escuridão, 

E a insónia dança em uma valsa inconsequente.

 

A noite se torna um labirinto de pensamentos, 

Onde a razão se perde na névoa do sono, 

As horas se transformam em um pesadelo, 

E a insónia se torna minha sombra, meu abandono.

 

A insónia é uma prisão que me mantém acordado, 

Enquanto o mundo repousa em seu sono tranquilo, 

E eu, prisioneiro dessa inquietude sem fim, 

Procuro refúgio em versos escritos com sigilo.

 

Na inércia da insónia, a mente se debate, 

Entre sonhos não vividos e medos adormecidos, 

As horas passam como fantasmas sussurrantes, 

E o cansaço se mistura com pensamentos perdidos.

 

Oh, insónia, implacável inimiga das noites, 

Que perturbas meu descanso e meu equilíbrio, 

Que me deixas exausto e ao mesmo tempo alerta, 

Nas teias da insónia, mergulho em um vazio sombrio.

 

Mas mesmo na inércia da insónia, encontro luz, 

Na poesia que brota dessas madrugadas sem fim, 

E em cada verso, uma fagulha de esperança, 

Que me acalenta e me envolve, mesmo no escuro do jardim.

 

Que a inércia da insónia me torne resiliente, 

Que me faça valorizar as noites de sono profundo, 

E que eu aprenda a abraçar a calmaria, 

Mesmo nos momentos em que a insónia se faz presente.


Sofrido das Chagas


Sofrido das Chagas 

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