domingo, 10 de agosto de 2025

A SANIDADE FINGE DE INSANA NO CONTENTOR DE LIXO

 

A sanidade finge de insana, 

No contentor de lixo ela se abriga, 

Em meio aos detritos, à sujeira humana, 

Ela caminha, sozinha, perdida.

 

É estranho pensar que a sanidade, 

Muitas vezes se esconde na insanidade, 

No caos, no abandono, na obscuridade, 

Emerge uma luz, uma realidade.

 

No contentor de lixo, encontra-se o desespero, 

O grito silencioso de quem foi esquecido, 

Mas é lá que a sanidade encontra seu cerne verdadeiro, 

Na luta diária, no resgate do sentido.

 

Quem está preso ao que é considerado normal, 

Não compreende a liberdade que reside na loucura, 

No contentor de lixo, o insano é genial, 

A sanidade é apenas uma caricatura.

 

Pois ali, naquele caos aparente, 

A mente se liberta das amarras da razão, 

Encontra sua própria linguagem, sua própria semente, 

Num mundo onde a normalidade é uma prisão.

 

No contentor de lixo, a sanidade se reinventa,

 E mergulha nas profundezas do submundo, 

Descobre que a insanidade é uma ferramenta, 

Para enxergar além do que é rotineiro e fecundo.

 

Portanto, não julgue aqueles que lá habitam, 

Pois talvez a sanidade esteja com eles, a sorrir, 

No contentor de lixo, onde a alma grita e imita, 

A insanidade é a verdade, o seu único existir.

 

Sofrido das Chagas 

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