terça-feira, 29 de julho de 2025

SOLIDÃO ABAFADA

 


 

Na quietude de uma noite solitária,

A escuridão envolve minha alma,

Um cântico de amor em meio à calma.

 

Na imensidão dos meus pensamentos,

Sinto o eco da ausência que me invade,

Uma tristeza profunda, subtil tormento,

Uma solidão que se torna minha companhia, ávida.

 

Solidão abafada, um paradoxo cruel,

Pois sinto sua falta mesmo no meio da multidão,

Em um mundo repleto de rostos e véus,

Minha alma anseia pela sua presença, em vão.

 

Procuro pelos traços do seu sorriso,

Pelos traços do seu amor em meu caminho,

Mas apenas encontro um vazio impreciso,

Uma solidão abafada, um desejo sozinho.

 

Ah, como eu desejaria ter você ao meu lado,

Para dissipar essa solidão que me consome,

Mas a vida nos separou, destino marcado,

E agora a solidão abafada é meu único nome.

 

Então, escrevo esse poema com fervor,

Como uma canção que ecoa no silêncio,

Uma tentativa de aplacar essa dor,

De encontrar conforto na solidão e no incenso.

 

Que este poema seja minha voz sussurrante,

Um grito contido, uma melodia engasgada,

Expressando o amor que me faz arder constante,

Na solidão abafada, em minha alma atormentada.

 

Que ele encontre seus ouvidos um dia,

E revele o amor que nunca foi declarado,

Porque mesmo distante, minha alma sempre te queria,

Na solidão abafada, meu coração aprisionado.

 

E assim, a solidão abafada se faz poesia,

Expressando o amor que em meu peito arde,

Em versos melancólicos, minha alma vazia,

Encontrando na escrita um alento, uma forma de partir o gelo, guarde.

 

Pois mesmo na solidão, meu amor é verdadeiro,

E no silêncio, ele encontra sua voz e se eleva,

Na solidão abafada, meu coração é inteiro,

E em cada palavra, a esperança renasce, se revela.


Sofrido das Chagas 

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