terça-feira, 12 de agosto de 2025

POESIA DA CABEÇA SECA

 

 

Na vastidão do pensamento, um deserto estende-se,

Uma cabeça seca, ausente de inspiração, padece.

As ideias se dispersam como grãos de areia ao vento,

E a criatividade se esvai, como água num sedento.

 

Em meio ao vazio, as palavras se tornam escassas,

E o eco do silêncio invade as mentes cansadas.

 A imaginação, outrora fértil e exuberante,

Agora parece aprisionada, em deserto distante.

 

A cabeça seca anseia pela chuva das ideias,

 Pelos rios de pensamentos que alimentam as veias.

Mas as nuvens negras se dissipam no horizonte,

E o sol impiedoso resseca qualquer fonte.

 

Oh, cabeça seca, encontra o oásis da inspiração,

Busca nas profundezas a renovação e a criação.

Permite que as palavras brotem como flores no deserto,

 E que o suor da mente dê vida ao universo aberto.

 

Enfrenta a aridez com a força da perseverança,

Transforma a seca em fertilidade, em abundância.

 Poetas são mestres em desbravar terras áridas,

E transformar o mais árido solo em poesias límpidas.

 

Então, cabeça seca, não desanimes diante da estiagem,

 Pois a inspiração é um ciclo que flui como uma miragem.

 Confia no poder do tempo, na sua magia sagrada,

E a cabeça seca será regada, tornando-se renovada.

 

Porque, mesmo na secura, há a promessa de um novo amanhecer,

 Onde a mente ressequida voltará a florescer.

E as palavras, como gotas de chuva, cairão docemente,

Dando vida à poesia e à mente incandescente.

 

Sofrido das Chagas

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