Na vastidão do pensamento, um deserto estende-se,
Uma cabeça seca, ausente de inspiração, padece.
As ideias se dispersam como grãos de areia ao vento,
E a criatividade se esvai, como água num sedento.
Em meio ao vazio, as palavras se tornam escassas,
E o eco do silêncio invade as mentes cansadas.
A imaginação, outrora
fértil e exuberante,
Agora parece aprisionada, em deserto distante.
A cabeça seca anseia pela chuva das ideias,
Pelos rios de
pensamentos que alimentam as veias.
Mas as nuvens negras se dissipam no horizonte,
E o sol impiedoso resseca qualquer fonte.
Oh, cabeça seca, encontra o oásis da inspiração,
Busca nas profundezas a renovação e a criação.
Permite que as palavras brotem como flores no deserto,
E que o suor da mente
dê vida ao universo aberto.
Enfrenta a aridez com a força da perseverança,
Transforma a seca em fertilidade, em abundância.
Poetas são mestres em
desbravar terras áridas,
E transformar o mais árido solo em poesias límpidas.
Então, cabeça seca, não desanimes diante da estiagem,
Pois a inspiração é
um ciclo que flui como uma miragem.
Confia no poder do
tempo, na sua magia sagrada,
E a cabeça seca será regada, tornando-se renovada.
Porque, mesmo na secura, há a promessa de um novo amanhecer,
Onde a mente
ressequida voltará a florescer.
E as palavras, como gotas de chuva, cairão docemente,
Dando vida à poesia e à mente incandescente.
Sofrido das Chagas
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