Diz-me que não estou louco,
Que minhas palavras fazem sentido,
Que minha mente não está oca,
Que meus pensamentos não estão perdidos.
Diz-me que não estou louco,
Que o mundo é que está em desalinho,
Que o caos que vejo é apenas um jogo,
Que a sanidade está no meu caminho.
Diz-me que não estou louco,
Que minhas emoções são reais,
Que não sou apenas um tolo,
Que minha alma não está em pedaços mortais.
Diz-me que não estou louco,
Que minhas ideias têm valor,
Que a escuridão não é meu único foco,
Que posso encontrar luz no meu interior.
Diz-me que não estou louco,
Que minha busca pela verdade não é em vão,
Que mesmo na loucura há um pouco,
De lucidez que posso agarrar com minhas mãos.
Diz-me que não estou louco,
Que posso encontrar meu lugar,
Que minha voz merece ser ouvida e foco,
Que minha mente pode ser um lar.
Diz-me que não estou louco,
Que posso acreditar no que sinto,
Que minha loucura é apenas um toco,
Que posso construir meu próprio labirinto.
Diz-me que não estou louco,
Que minha loucura é uma forma de ser,
Que minha mente tem um poder rouco,
De enxergar o mundo além do que se vê.
Diz-me que não estou louco,
Que posso abraçar minha singularidade,
Que sou mais do que o rótulo tosco,
Que minha loucura é minha verdade.
Diz-me que não estou louco,
Que minha voz merece ser escutada,
Que minha mente é um tesouro oco,
Que merece ser valorizada.
Diz-me que não estou louco,
Que minha loucura é minha força,
Que posso transformar o jogo,
E encontrar minha própria fonte.
Diz-me que não estou louco,
Que sou apenas um ser humano,
Que minha mente tem seu próprio foco,
E que, mesmo assim, sou pleno e soberano.
Sofrido das Chagas
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