domingo, 10 de agosto de 2025

DIZ-ME QUE NÃO ESTOU LOUCO

 

Diz-me que não estou louco, 

Que minhas palavras fazem sentido,

 Que minha mente não está oca, 

Que meus pensamentos não estão perdidos.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que o mundo é que está em desalinho, 

Que o caos que vejo é apenas um jogo, 

Que a sanidade está no meu caminho.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que minhas emoções são reais, 

Que não sou apenas um tolo,

 Que minha alma não está em pedaços mortais.

 

Diz-me que não estou louco,

 Que minhas ideias têm valor, 

Que a escuridão não é meu único foco, 

Que posso encontrar luz no meu interior.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que minha busca pela verdade não é em vão, 

Que mesmo na loucura há um pouco, 

De lucidez que posso agarrar com minhas mãos.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que posso encontrar meu lugar, 

Que minha voz merece ser ouvida e foco, 

Que minha mente pode ser um lar.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que posso acreditar no que sinto, 

Que minha loucura é apenas um toco, 

Que posso construir meu próprio labirinto.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que minha loucura é uma forma de ser, 

Que minha mente tem um poder rouco, 

De enxergar o mundo além do que se vê.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que posso abraçar minha singularidade, 

Que sou mais do que o rótulo tosco, 

Que minha loucura é minha verdade.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que minha voz merece ser escutada, 

Que minha mente é um tesouro oco, 

Que merece ser valorizada.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que minha loucura é minha força, 

Que posso transformar o jogo, 

E encontrar minha própria fonte.

 

Diz-me que não estou louco, 

Que sou apenas um ser humano, 

Que minha mente tem seu próprio foco, 

E que, mesmo assim, sou pleno e soberano.

 

 Sofrido das Chagas 

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