Ainda não me desapeguei de nós, querida,
Apegado às memórias
que deixaste em minha vida.
Como um fio invisível que nos mantém conectados,
Permaneço preso em laços que não foram desatados.
Ainda não me desapeguei dos momentos compartilhados,
Das risadas, dos abraços, dos sonhos acalentados.
Tu foste parte de cada capítulo do meu ser,
E é difícil desfazer o que me fez tanto querer.
Ainda não me desapeguei do toque da tua pele,
Do calor dos teus lábios que tanto me aquece.
Teu cheiro ainda permeia o ar que respiro,
E em cada esquina vejo teu sorriso a me guiar.
Ainda não me desapeguei da doce melodia da tua voz,
Que ecoa em meus ouvidos, mesmo quando não estás aqui.
As palavras
sussurradas ao pé do ouvido,
Ainda ressoam, como um eco no meu coração ferido.
Ainda não me desapeguei da esperança,
De que um dia
poderemos voltar a ser um só.
É um desejo que teima em persistir,
Mesmo diante da
triste realidade do adeus.
Ainda não me desapeguei do que fomos,
Do que poderíamos ter sido, do que sonhamos.
Mas aos poucos, o tempo me ajudará a aceitar,
Que é preciso deixar-te partir e seguir meu próprio
caminhar.
Ainda não me desapeguei completamente,
Mas entendo que é um processo lento e necessário.
Preciso aprender a
valorizar o que tenho agora,
E abrir espaço para um novo capítulo na minha história.
Ainda não me desapeguei de nós, é verdade,
Mas um dia, com o tempo e o amor-próprio, superarei.
E na melodia da vida, encontrarei outras notas,
Outros amores, outras histórias para me encantar.
Ainda não me desapeguei, mas sei que devo,
Para que possa
encontrar a paz que almejo.
E assim, seguindo em
frente, desprendido dos nós,
Deixarei espaço para
um novo amor e um novo nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário